DIVERSIDADE DE PARASITÓIDES DE PHYLLOCNISTIS CITRELLA LEPIDOPTERA: GRACILLARIIDAE) EM VARIEDADES DE CITROS E A RELAÇÃO COM FATORES BIÓTICOS E ABIÓTICOS
Efrom, C.F.S.Redaelli, L.R.Diefenbach, L.M.G.
RESUMO A diversidade de parasitóides do minador-dos-citros, Phyllocnistis citrella (Lep.: Gracillariidae), bem como a relação destes insetos com fatores bióticos e abióticos, foram avaliados por amostragens quinzenais, de julho/2003 a junho/2005, em 2 pomares sob manejo orgânico, um de tangerineira Montenegrina (Citrus deliciosa) e outro do tangoreiro Murcott (C. sinensis x C. reticulata), em Montenegro (29°3751" S, 51°2810" W), RS. Em cada ocasião de amostragem, em 24 plantas sorteadas, examinaram-se todas as folhas contendo câmaras pupais do minador. Em laboratório, a porção da folha com a câmara foi individualizada em tubos de ensaio, mantidos em câmara climatizada até a emergência dos parasitóides ou de P. citrella. Estimou-se, nos dois anos, o número de brotos das copas das plantas. Ageniaspis citricola foi o parasitóide mais abundante, representando mais de 80% do total de parasitóides nas duas variedades e diferentes anos. Os outros parasitóides registrados foram Cirrospilus neotropicus, Cirrospilus floridensis, Elasmus phyllocnistoides e Chrysocharis vonones, este último constitui o primeiro registro desta espécie atuando sobre P. citrella. A diversidade de parasitóides foi semelhante entre as variedades e diferente entre os anos. A temperatura máxima teve maior influência sobre o minador e os parasitóides, mas após o estabelecimento, P. citrella também apresenta correlação com os fluxos de brotação. Os períodos de estiagens durante o trabalho podem ter influenciado as populações do minador e de parasitóides por diminuírem os recursos disponíveis para ambos os grupos.
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