Número e tipo de cordas tendíneas comissurais na valva atrioventricular esquerda do coração de bovinos
Almeida, Alexandre Thomé da Silva deTalamonte, Juliano Henrique OliveiraAlmeida, Pedro Brugnerotto deGadelha, Alexandre ToebeSouza, Thays Guimarães de
As cordas tendíneas são estruturas originadas da parede cardíaca a partir dos músculos papilares, os quais garantem que aquelas se insiram nas cúspides septal, parietal e acessórias, de modo a permitir o funcionamento adequado da valva atrioventricular esquerda. O exterior das cordas tendíneas é revestido por células endoteliais e uma camada de elastina com pouco colágeno. Seu interior contém colágeno denso, representando 60% do peso seco e proporcionando grande resistência à tração. As cordas que se fixam nas comissuras das cúspides são denominadas cordas tendíneas comissurais. Em nosso estudo, sugere-se uma nova classificação de acordo com as suas ramificações, que seguem: 1) Cordas tendíneas comissurais penadas; 2) Cordas tendíneas comissurais palmadas. Objetivou-se neste estudo classificar as cordas tendíneas comissurais da valva atrioventricular esquerda em penada e palmada, verificar sua frequência e possível significância estatística entre os achados. Foram utilizados 40 corações hígidos de bois Sem Raça Definida (SRD) de frigoríficos legalizados do município de Porto Velho, Rondônia. Esses foram fixados em formaldeído a 10%, de acordo com a técnica de Rodrigues (2010) e dissecados segundo Queiroz et al. (2009). Os dados foram compilados e analisados no programa Excel®, sendo utilizados Odds Ratio (OR), teste de Qui-quadrado e teste exato de Fisher para análise estatística, considerado significativo se p<0,05. Os resultados demonstraram um total de 228 cordas tendíneas comissurais (CTC). Destas, no músculo papilar subatrial, foram contabilizadas 88 CTC penadas (76%) e 28 CTC palmadas (24%), já no músculo papilar subauricular, foram 74 CTC penadas (66%) e 38 CTC palmadas (34%). Assim, foram registradas no total 162 CTC penadas (71,05%) e 66 CTC palmadas (28,95%). Apesar da diferença observada entre a frequência de cordas encontradas para cada músculo papilar, os resultados não apontaram uma associação significativa entre o tipo de corda tendínea e a localização do músculo papilar (p>0,05).(AU)
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