Monitoração da pressão intracraniana em cães e gatos: o que sabemos?
Bernardes, Giselle de LimaSantos, Iago Smaili dosArias, Mônica Vicky Bahr
Monitorar a pressão intracraniana (PIC) permite otimizar o tratamento de pacientes com diversas afecções, já que a hipertensão intracraniana (HIC) pode causar isquemia. A aferição da PIC pode ser realizada de maneira invasiva, que é o método mais acurado, mas requer a introdução de um sensor no ventrículo ou parênquima, o que pode causar hemorragia e infecção. Existem ainda diversos métodos não invasivos, que aliados aos parâmetros clínicos, podem ser utilizados como alternativa para avaliar a PIC. O uso de cateter ventricular, epidural e microtransdutores são descritos na veterinária como métodos invasivos, porém, nenhum deles é considerado padrão ouro em pequenos animais, mas presume-se que o uso de microtransdutores intraparenquimatosos seja o mais preciso. Dentre os métodos não invasivos, a mensuração do diâmetro da bainha do nervo óptico (DBNO), ressonância magnética, ultrassonografia (US) com doppler transcraniano e elasticidade óssea intracraniana foram relatados. Em gatos, o DBNO foi mensurado por US transpalpebral em animais saudáveis e com HIC presumida e mostrou ser um método viável. A monitoração da PIC não é rotineiramente usada na medicina veterinária, mas poderia guiar e otimizar o tratamento em diversas afecções, portanto, o objetivo desta revisão narrativa é descrever os métodos de monitoração da PIC em cães e gatos.(AU)
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