Estudo retrospectivo de 71 casos de protrusão da glândula da terceira pálpebra (2009-2013)
Merlini, Natalie BertelisGuberman, Úrsula ChavesGandolfi, Micaella Gordonde Souza, Vivian LimaRodas, Natália RodriguesRanzani, José Joaquim TittonBrandão, Cláudia Valéria Seullner
Objetivou-se com esse estudo avaliar a incidência de protrusão da glândula da terceira pálpebra e correlacionar as características de raça e sexo com a lateralidade da alteração. Para isso, foram analisadas 3.151 fichas clínicas atendidas setor de oftalmologia veterinária da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) no período de 2009 a 2013, avaliando-se dados de incidência e lateralidade da afecção, além de idade, sexo e raça dos animais acometidos. Realizou-se a análise estatística de frequência e calculou-se o coeficiente de correlação de Spearman, considerando o nível de significância de 5%. Foram diagnosticados, no total, 71 casos de protrusão da glândula da terceira pálpebra em cães, correspondendo a 2,43% (71/2.916) da casuística de atendimento oftalmológico nesta espécie, porém não foi observado nenhum caso em gatos. Obteve-se uma maior frequência (58%, 41/71) em cães com idade inferior a 12 meses, sendo as raças mais acometidas: Lhasa Apso (24%, 17/71), Sem Raça Definida (20%, 14/71) e Beagle (14%, 10/71). Em 72% (44/71) dos casos a afecção se manifestou unilateral e 55% (39/71) dos animais eram fêmeas. Não houve correlação entre o sexo e a raça com a lateralidade da protrusão (p > 0,05). Com base no levantamento de dados realizados nesta instituição, conclui-se que a incidência da afecção é baixa em cães e rara em gatos, além de que não há influência do sexo e da raça com relação ao lado acometido pela alteração.(AU)
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