Importância do mapeamento e monitoramento do perfil de resistência e detecção dos genes de resistência de Staphylococcus sp. relacionados à mastite bovina
Agostinis, Renata OlivottoMello, Priscila LuizaMartins, Lisiane de Almeida
A mastite é a doença mais importante do gado leiteiro, pois acarreta grandes prejuízos devido a perda da produção, gastos com serviços veterinários e medicamentos. Sua etiologia é diversificada, porém as bactérias são as maiores causadoras da doença, principalmente o Staphylococcus aureus, caracterizando uma mastite contagiosa. A doença causa problemas a saúde pública devido aos resíduos de antibióticos, bactérias e suas toxinas que podem ser eliminadas no leite, além dos prejuízos para a indústria de laticíneos. Para diminuir taxas de infecção e prevenir novas infecções são utilizados antibióticos, tanto no período de lactação, quando necessário, ou no período seco, onde acabam sendo utilizados sem prévia cultura microbiológica e antibiograma. Atualmente são detectados estirpes de Staphylococcus aureus multirresistentes, tanto em ambiente hospitalar (HA-MRSA) como na comunidade (CA-MRSA). A resistência aos antibióticos é expressa devido a mutações de seus genes ou por meio da aquisição de genes de resistência de outras bactérias, da mesma espécie ou não. Inúmeros trabalhos vêm sendo desenvolvidos para caracterizar os fatores de patogenicidade destes dois tipos de estirpes, no intuito de mapear e rastrear as infecções em humanos e animais. Em humanos, a pesquisa do gene mecA e o estudo do perfil de resistência aos antimicrobianos em cepas de S. aureus vêm sendo amplamente utilizados para estudos epidemiológicos d casos de infecção. Com a epidemiologia molecular dos genes de resistência é possível distinguir a transferência horizontal da disseminação clonal de resistência bacteriana. Dessa forma, uma abordagem voltada a saúde pública, faz-se necessária e oportuna.(AU)
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