Estimativas das trocas de calor em raças autóctones de ovinos mantidas num ambiente controlado
Silva, R. SFurtado, D. ARibeiro, N. LRodrigues, R. C. MOliveira, A. GSilva, J. A. P. CSilva, M. RMascarenhas, N. M. HAyers, G. D. JMorais, F. T. L
O objetivo desta pesquisa foi determinar os níveis de estresse térmico e a perda de calor sensível e latente em ovinos das raças Soinga, Morada Nova e Santa Inês, mantidos em ambiente controlado, em temperaturas termoneutras (TN: 20,0, 24,0 e 28,0°C) e sob estresse térmico (TS: 32,0 e 36,0°C). O delineamento experimental foi inteiramente ao acaso, com fatorial 3x5, três raças (Soinga, Morada Nova e Santa Inês) e cinco temperaturas (20, 24, 28, 32 e 36°C), com seis repetições. O comportamento das variáveis fisiológicas em função da temperatura foi significativo (P<.0001), e houve aumento nos valores das variáveis fisiológicas à medida que a temperatura subia. Por outro lado, as variáveis temperatura do dorso, pernas, olhos e tímpano não apresentaram diferença significativa (P>0,05) dependendo da raça. A frequência respiratória e a temperatura superficial apresentaram a melhor correlação com o calor latente, com coeficiente de correlação de 0,88 e 0,81, respectivamente. A perda de calor sensível apresentou correlação inversa com as variáveis fisiológicas, TR, FR e ST de -0,31; -0,65 e -0,46, respectivamente. Os dois componentes principais juntos explicam 84% da variação nos dados, mas, com apenas um PC, há 70% da variação nos dados. Em condições térmicas de 36°C, os animais perderam quase todo (mais de 90%) o excedente de calor metabólico na forma latente (pele e trato respiratório). À medida que o AT aumentou, as respostas RR e ST mostraram correlações mais altas com a troca total latente e sensível, respectivamente.
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