[Análise ultrassonográfica e histopatológica da vesícula biliar de cães]
Prestes, R.S.Santana, C.H.Lopes, C.E.B.Pinto, P.C.O.Coelho, N.G.D.Souza, I.P.Ecco, R.Nepomuceno, A.C.
RESUMO Na Medicina Veterinária, doenças restritas à vesícula biliar (VB) são incomuns em cães. O exame histopatológico da VB é considerado padrão-ouro, porém o exame ultrassonográfico abdominal está cada vez mais incluído na rotina clínica veterinária, pois permite que alterações da VB, antes subdiagnosticadas, tenham um diagnóstico mais preciso. O objetivo deste estudo foi identificar, quantificar e correlacionar os diferentes aspectos da VB em cães, por meio de exames ultrassonográfico e histopatológico. Foram avaliadas VB de 60 cadáveres de cães, sem predileção por sexo, idade e raça. Os resultados demonstraram que o exame ultrassonográfico, quando comparado ao exame histopatológico, apresentou concordância de 83% na análise dos dados gerais para presença ou ausência de alterações na VB. O nível de concordância no teste Kappa foi consideravelmente elevado (K=0,63). Houve alta concordância no diagnóstico das alterações observadas pelos exames ultrassonográfico e histopatológico, quando comparados "afetados" ou "não afetados". Entretanto, quando comparados os achados de mucocele, hiperplasia mucinosa cística e colecistite, observou-se baixa concordância Kappa. Assim, o exame ultrassonográfico é uma excelente ferramenta para identificar ou excluir alterações relacionadas à VB. No entanto, mais estudos devem ser realizados para aprofundar a compreensão da correlação entre exames de imagem e achados patológicos para conclusões diagnósticas.
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