Termografia infravermelha como ferramenta na avaliação do bem-estar de equinos manejados soltos ou estabulados
Azevedo, D. R. O. EDallago, B. S. LSilva, A. CPereira, J. R. MFerreira II, R. FBorges, T. SBisol, T. BV. Sobrinho, LFernandes, T. OBernal, F. E. M
O presente estudo teve por objetivo descrever os efeitos da estabulação sobre características termográficas dos membros de equinos adultos, para comparar o nível de bem-estar entre cavalos mantidos soltos e aqueles sob estabulação contínua e para investigar se a Termografia Infravermelha (TIV) pode ser uma ferramenta efetiva na avaliação do bem-estar em equinos. 24 cavalos machos castrados da raça Brasileiro de Hipismo, com idade entre 5 e 9 anos e peso de 500 ± 50kg foram utilizados em um experimento de 6 semanas de duração. Os animais foram divididos em 2 grupos: 1) Pasto - animais mantidos em piquetes e utilizados exclusivamente em patrulhas urbanas; 2) Baia - animais utilizados exclusivamente em patrulhas urbanas, mas mantidos em estabulação contínua, em cocheiras de 12m² de concreto sem cama. Todos os animais foram avaliados uma vez por semana durante 6 semanas. O comportamento animal, a temperatura dos olhos e extremidades distais bem como amostras de sangue, foram colhidos. Os cavalos estabulados apresentaram comportamento estereotipado e maior concentração sérica de cortisol, indicando menor grau de bem-estar quando comparados aos animais manejados soltos em piquetes. A termografia dos membros apresentou potencial para identificar estresse crônico em cavalos uma vez que a análise discriminante mostrou 74,5% de acerto preditivo enquanto a temperatura máxima do olho não foi eficiente para esse propósito.
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