Pesquisa sobre helmintos e protozoários de aves silvestres e exóticas em cativeiro do Nordeste do Brasil
Prazeres Júnior, F. RAlves, A. MO. Neto, M. BOliveira, M. RSilva, W. S. IJesus, J. VBarata, C. VSilva, L. M. SGomes, A. CMoreira, A. CPereira, L. M. FLima, V. F. S
O Brasil possui mais de 1.800 espécies de aves catalogadas. Quando mantidos em cativeiro, esses animais podem ser susceptíveis a vários tipos de patógenos, inclusive como parasitos gastrointestinais. No entanto, a falta de informações sobre os principais tipos de parasitos que infectam esses animais e as relações parasito-hospedeiro acabam sendo fatores limitantes na manutenção da saúde dessas aves. O objetivo deste estudo foi descrever o levantamento de helmintos e protozoários de aves exóticas e silvestres cativas da região Nordeste do Brasil. Para isso, amostras fecais (n = 182 pools) foram coletadas de 656 aves em cativeiro, pertencentes a 9 ordens e a 53 espécies. As análises parasitológicas foram realizadas por técnicas de Mini-FLOTAC®, flotação em sacarose, exame direto e coloração de Ziehl-Neelsen, além da sedimentação por centrifugação. Todos os dados foram analisados usando o software InStat, com um nível de significância definido em P<0,05. Parasitos gastrointestinais foram encontrados em 84,07% (153/182; P<0,0001) das amostras analisadas. Foram identificados 18 tipos de parasitos, sendo os enteroparasitos o mais frequentes: Cryptosporidium sp. (52,28%; P= 0,008), coccídeos não esporulados (41,17%; P= 0,0001), Entamoeba sp. (46,40%; P= 0,0480), Giardia sp. (18,33%; P= 0,0001), Strongyloides sp. (19,60%; P= 0,0001) e Trichostrongylidae (16,33%; P= 0,0001). As aves de rapina (n=17, 94,44%; P= 0,0004) e os psitaciformes (n=12, 66,67%; P=0,0001) apresentaram os maiores percentuais de infecção por endoparasitos gastrointestinais.
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