VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 981-992

Silagem de capim-elefante inoculada com fungos celulolíticos isolados do rúmen

Veloso, A. C. RLopes, H. FSantos, L. F. XMartins Júnior, V. SFonseca, S. ASantos, T. A. XMatias, A. DCareli, R. TDuarte, E. RBraz, T. G. S

O objetivo foi testar a inoculação com Aspergillus terreus e Trichoderma longibrachiatum sobre a fermentação, a composição bromatológica e microbiológica de silagem de capim-elefante cultivar 'Cameroon' (Cenchrus purpureus). Os tratamentos foram A. terreus a 105 unidades formadores de colônias (UFC)/g (AT15), T. longibrachiatum a 105 UFC/g (TL20), a mistura de ambos a 105 UFC/g (MIX), cada, e um controle não inoculado (CONTR). O delineamento foi inteiramente ao acaso, com sete repetições. A silagem MIX foi mais estável após abertura, enquanto CONTR, AT15 e TL20 apresentaram menor perda de massa seca. Não houve efeito de inoculação sobre a composição bromatológica das silagens. Apenas a silagem MIX (4,40) apresentou pH acima do mínimo de 4,2 para silagem de capim úmido e superior ao controle (4,05). Bactérias do gênero Diplococcus foram identificadas na abertura das silagens TL20 e CONTR. Após exposição ao ar, a população de bastonetes, Lactobacillus e bactérias láticas totais foram maiores em TL20 e MIX. A mistura de T. longibrachiatum e A. terreus aumenta a perda de matéria seca e o pH da silagem. T. longibrachiatum é mais eficiente em manter as populações de bactérias láticas totais após a abertura. Portanto, essa cepa tem potencial como aditivo para silagem de capim-elefante 'Cameroon'.

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