Perfis demográficos e assistenciais de cães e gatos associados ao perfil socioeconômico de seus tutores em áreas atendidas por Estratégias de Saúde da Família no Brasil
Felipetto, L. GFernandes, F. DVogel, F. S. FFlores, E. FBotton, S. ASangioni, L. A
Este estudo teve como objetivo avaliar a situação demográfica e de saúde de cães e gatos pertencentes a famílias assistidas pela Estratégia de Saúde da Família (ESF), de Santa Maria/RS, Brasil. Esta pesquisa foi um estudo transversal baseado na população adscrita, desenvolvido por meio da aplicação de questionário aos residentes das 16 áreas de ESF da cidade. Este foi o primeiro estudo que abordou as condições dos animais de estimação na área de ESF. Foram estudados 414 domicílios, e 88,5% deles tinham animais de estimação (cães e/ou gatos), com uma média de 2,2 cães e 0,8 gatos por domicilio. Apenas 18,4% (228/1,241) dos animais foram esterilizados (cães, 15,1% [135/891]; gatos, 26,7% [93/348]). Ao considerar o número de cães, os lares com um residente tinham menos cães que os lares com dois ou mais residentes (p=0,006). O nível de educação e a renda familiar não estavam associados ao número de animais (p>0,001). Entretanto, níveis mais altos de educação e renda familiar foram associados com a esterilização de cães, monitoramento veterinário, vacinação e tratamento de ectoparasitas em cães e gatos (p<0,0001). Adicionalmente, a maior renda familiar foi associada a uma maior freqüência de tratamento endoparasitário (p<0,05). O estudo mostra um alto número médio de animais de estimação por domicílio nas áreas de ESF em comparação com a população domiciliar média, bem como uma falta de cuidados veterinários, tornando essencial promover a custódia responsável.
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