Hérnia inguinal não encarcerada de ceco em mula - relato de caso
Lera, K. R. J. LSchuh, B. R. FPaula, L. A. OPagliosa, G. M
Uma mula hígida, de cinco anos de idade, foi atendida portando um aumento de volume na região abdominal lateral direita, estendendo-se da região inguinal até 25cm cranial à prega pré-crural, de 60 dias de evolução, após trauma com um touro. O volume era redutível e sem dor à palpação, com presença de intestino grosso envolvido por área circular hiperecogênica na imagem ultrasonográfica. O diagnóstico foi hérnia inguinal, e a paciente foi submetida à anestesia geral inalatória para abordagem cirúrgica pela região inguinal, onde se visualizou o ceco emergindo pelo anel inguinal externo, cujo diâmetro era de aproximadamente 10cm. O ceco apresentava coloração e conteúdo normais e parte do corpo e o ápice projetavam-se cranialmente para uma bolsa de tecido subcutâneo, que foi aberta para facilitar o reposicionamento do órgão ao abdômen, bem como para ampliar o anel inguinal externo. A paciente teve alta 18 dias após o internamento. Com base neste relato, é possível concluir que a hérnia inguinal indireta não encarcerada pode se desenvolver em fêmeas equídeas após trauma. De acordo com a literatura consultada, o presente estudo é a primeira descrição desse tipo de hérnia em uma fêmea equídea e a primeira envolvendo o ceco.(AU)
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