Células mononucleares de medula óssea versus células-tronco mesenquimais de tecido adiposo em cicatrização de lesão óssea em primata: pode ser extrapolado para humanos?
Branco, EMiranda, C. M. F. CLima, A. RSilva, K. S. MCabral, R. MMiranda, M. SOhashi, O. MOliveira, E. H. CSilva, L. S. CFreitas, D. M. MMiglino, M. A
Na medicina veterinária, a terapia celular ainda é inexplorada e há muitas perguntas não respondidas, o que leva os pesquisadores a uma tendência a estender a terapia para os seres humanos, na tentativa de tratar certas lesões. Investigar esse assunto em primatas não humanos revela-se uma oportunidade sem precedentes para compreender melhor a dinâmica das células-tronco contra algumas doenças. Assim, objetivou-se comparar a eficiência das células mononucleares de medula óssea (BMMCs) e das células-tronco mesenquimais (MSCs) do tecido adiposo de Chlorocebus aetiops na lesão óssea induzida. Foram utilizados 10 animais, adultos do sexo masculino, submetidos à lesão óssea nas cristas ilíacas. As MSCs foram isoladas e cultivadas; de forma autóloga, as BMMCs foram infundidas na crista ilíaca direita e as MSCs de tecido adiposo na crista ilíaca esquerda. Após 4,8 meses, a crista ilíaca direita foi totalmente reconstruída, enquanto a crista ilíaca esquerda continuou apresentando defeito ósseo evidente por até 5,8 meses após a infusão. A melhor opção para o tratamento de lesões com perda de tecido ósseo em primatas do Velho Mundo é a utilização de MSCs autólogas de tecido adiposo, sugerindo que se podem estender os resultados para seres humanos, uma vez que há proximidade filogenética entre as espécies.(AU)
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