VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 1413-1421

Tratamento da doença periodontal pela técnica da regeneração tecidual guiada utilizando uma membrana de hidroxiapatita e policaprolactona

Martins, L. M. AValente, F. LReis, E. C. CSepúlveda, R. VPerdigão, A. P. LBorges, A. P. B

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a utilização de membrana moldável constituída por hidroxiapatita (60%) e policaprolactona (40%) como tratamento da doença periodontal, induzida experimentalmente em cães. Um defeito ósseo de dimensões padronizadas foi realizado entre as raízes do terceiro e do quarto pré-molares de 12 cães para indução da doença periodontal. Todos os cães receberam tratamento padrão para doença periodontal, e seis desses animais foram tratados também com a aplicação da membrana sobre o defeito. Os animais foram acompanhados clinicamente durante o experimento. Radiografias foram realizadas no pós-operatório e aos 60 dias após o início do tratamento. O nível clínico de inserção também foi avaliado nesses momentos. Aos 60 dias, a amostra dental de todos os animais contendo o dente, o defeito e os tecidos periodontais foi coletada, fixada em formol e analisada por microtomografia e histologia. Durante o período experimental, os animais não apresentaram dor e secreção purulenta, entretanto houve deiscência em 50% dos animais e exposição de membrana em cinco dos seis animais do grupo tratado. Nível clínico de inserção não apresentou diferença entre os grupos. As imagens radiográficas mostraram radiopacidade igual ao osso alveolar em ambos os grupos. A microtomografia revelou que o grupo controle apresentou maior volume ósseo no defeito em relação ao grupo tratado, no entanto, em todos os animais, a região de furca não foi preenchida por novo osso alveolar. A análise histológica revelou que a invasão por epitélio juncional foi mais discreta no grupo controle. Osso novo foi apenas observado na borda apical do defeito em ambos os grupos. Embora o compósito seja biocompatível e tenha sido capaz de manter o espaço do defeito, ele não promoveu a regeneração dos tecidos periodontais no período de 60 dias de observação.(AU)

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