Desenvolvimento e avaliação de acessórios para melhorar a postura de cirurgiões veterinários em procedimentos cirúrgicos realizados a campo
Vulcani, V. A. SSilva, L. A. FRabelo, R. ESilva, O. CMendes, L. AFreitas, S. L. RRabbers, A. SAssis, B. M
O estudo foi realizado com base nas informações coletadas em propriedades rurais do estado de Goiás, durante aulas práticas de Clínica Cirúrgica de Grandes Animais no Hospital Veterinário da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás e durante a execução de projetos de extensão desenvolvidos pela instituição. Foi selecionado um procedimento cirúrgico de acropostite-fimose em touros a campo, com duração acima de 30 minutos e com exigência de movimentos, postura e força por parte do cirurgião. Foram propostos e desenvolvidos dispositivos para proporcionar melhor conforto e segurança aos cirurgiões. O primeiro consistiu de um assento para ser usado pelo profissional durante a execução da intervenção cirúrgica. A utilização permitiu que o cirurgião sentasse e apoiasse os pés no chão, reduzindo a flexão dos joelhos e distribuindo as forças de apoio por diversos grupos musculares. Para a restrição de movimentação do cirurgião, outro acessório foi desenvolvido para apoiar o prepúcio do animal. Confeccionado em madeira, serve de suporte para mantê-lo distante do solo e próximo ao cirurgião. Seu comprimento, largura e espessura estabeleceram boa relação com a altura do assento, proporcionando o mínimo de desconforto ao profissional. O terceiro dispositivo foi confeccionado para auxiliar na imobilização do animal e aumentar a segurança para o paciente e para a equipe de cirurgia. Um quarto acessório foi desenvolvido para proteger a região escapular e evitar a ocorrência de lesões de nervo radial, miopatias e traumas durante o derrubamento ou a permanência prolongada do animal em decúbito lateral. A escolha do formato, das dimensões e da maciez do dispositivo fundamentou-se principalmente no peso do animal. Tais dispositivos mostraram-se efetivos, pois reduziram o tempo de cirurgia, facilitaram a movimentação cervical e a lombar, além de proporcionarem um melhor apoio do cirurgião e, assim, reduzirem riscos de doenças osteomusculares.(AU)
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