Incidência de síndrome do segundo parto em fêmeas suínas de uma granja comercial
Rabelo, S. S.Faria, B. G.Rocha, L. G. P.Pereira, B. A.Chaves, B. R.Pontelo, T. P.Pereira, L. J.Zangeronimo, M. G.
O objetivo do presente estudo foi investigar a ocorrência da síndrome do segundo parto em uma granja comercial de suínos e apresentar alternativas para minimizar esse problema reprodutivo. Os dados foram obtidos de 363 fêmeas de genética comercial (DB-30) de primeiro e segundo partos, entre os anos de 2010 e 2011. Os animais pertenciam a uma granja comercial de ciclo completo com 1200 matrizes, cujos índices zootécnicos não permitiam detectar a presença da síndrome do segundo parto. O período de lactação foi de 24,6±3,3 dias. Foram analisados o número de nascidos totais e nascidos vivos, o peso da leitegada ao nascimento, o número de desmamados e o peso ao desmame do lote e também individualmente de cada marrã ao longo do ano. As médias e o desvio-padrão foram calculados, e os dados obtidos no primeiro e no segundo parto foram comparados pelo teste t pareado a 5%. Não houve diferença (P>0,05) no número de nascidos totais e no número de nascidos vivos entre o primeiro e o segundo parto. No entanto, constatou-se que 54% das fêmeas apresentaram igual ou menor número de nascidos no segundo parto, caracterizando a síndrome do segundo parto na maior parte dos animais. Nesse lote, o número de leitões nascidos a menos em relação ao primeiro ciclo reprodutivo foi de 3,6±2,9. Das 363 matrizes avaliadas, 153 (42%) apresentaram 16 ou mais leitões no primeiro parto. Destas, 92 (60%) tiveram menor número de leitões no segundo parto e 41 (27%) apresentaram maior número de leitões. Também se verificou maior incidência (50% ou mais) da síndrome do segundo parto nos meses de janeiro a março e de outubro a dezembro. Conclui-se que a síndrome do segundo parto é um problema que pode afetar 50% ou mais das matrizes, nem sempre detectada por meio dos índices zootécnicos da granja. Medidas como pesagem dos animais na primeira cobertura e logo após o desmame, além de programas de alimentação com dietas balanceadas, principalmente durante os meses mais quentes do ano, são ferramentas importantes para amenizar esse problema.(AU)
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