VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 457-465

Estrutura do dossel, comportamento ingestivo e padrões de deslocamento de novilhas de corte em pastagens de estação quente

Glienke, C. L.Rocha, M. G.Põtter, LRoso, DMontagner, D. B.Oliveira Neto, R. A.

Foi realizada a análise conjunta dos resultados de seis experimentos (n=436) com o objetivo de caracterizar a estrutura do dossel e os padrões de ingestão de forragem por novilhas de corte em pastagem de milheto (Pennisetum americanum), papuã (Urochloa plantaginea) e coastcross (Cynodon dactylon). As massas de forragem e de lâminas foliares foram similares entre as três espécies forrageiras, 3001,4 e 668,1kg/ha de MS, respectivamente, enquanto a relação lâmina:colmo do perfil vertical do dossel diferiu. A taxa de ingestão (12g MS/minuto), a massa de bocados (0,343g MS/bocado) e a taxa de bocados (36,6 bocados/minuto) foram similares no milheto e no papuã. O conteúdo de fibra em detergente neutro (56,1%) na forragem da simulação do pastejo, o tempo de pastejo (518,9 minutos/dia) e a taxa de deslocamento (8,8 passos/minuto) foram menores no milheto. O incremento no tempo de pastejo (639 minutos/dia) representou o mecanismo compensatório para a menor massa de bocados (0,234g MS/bocado) e para a reduzida taxa de ingestão (8,8 gramas MS/minuto) no coastcross. Variações na taxa de bocado ocorrem como resposta às limitações impostas pela estrutura do dossel. A exploração da área da pastagem de papuã e de coastcross foi aumentada pelo maior número de estações alimentares visitadas e pela maior taxa de deslocamento. Os componentes do comportamento ingestivo de novilhas de corte são afetados por diferentes estruturas no dossel de milheto, papuã e coastcross.(AU)

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