VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 1669-1674

Comportamento de calopsita (Nymphicus hollandicus) sob duas temperaturas em cativeiro

Carvalho, T. S. GZangeronimo, M. GSaad, C. E. PAlvarenga, R. RAssis, V. D. LPereira, V. MScalon, J. DSilva, J. P

Estudos comportamentais com calopsitas (Nymphicus hollandicus) em cativeiro são escassos. Devido à necessidade de um manejo adequado desses animais, este estudo foi realizado para avaliar o comportamento de calopsitas mantidas em cativeiro em duas temperaturas. Dezesseis calopsitas foram alojadas individualmente em gaiolas (62cm de altura x 43cm de comprimento x 27cm de largura) e alimentadas com ração comercial e mistura de sementes para psitacídeos. A água foi fornecida ad libitum. O período experimental foi de oito dias, dividido em duas fases de quatro dias cada. Na primeira fase, as aves foram mantidas à temperatura ambiente (25°C), com 70% de umidade relativa, durante o dia e a noite. Na etapa seguinte, elas foram mantidas a 35°C de 6-18h e 25°C de 18-6h, também com 70% de umidade relativa. O comportamento das aves foi avaliado através de filmagem de 6-18h. Os comportamentos, deslocando lateralmente no poleiro, andando na tela da gaiola, repousando sobre o ventre, paradas na tela da gaiola, de pé sobre o bebedouro ou comedouro, ingestão de sementes, limpeza das asas e sacudindo a plumagem, não foram influenciados (P>0,08) pelas duas temperaturas testadas. Atividades indesejáveis, tais como roer o poleiro ou a tela da gaiola também não foram influenciadas (P>0,15). Sob a temperatura de 35°C, as aves permaneceram menos frequentemente no chão da gaiola (P<0,02) e mais frequentemente no poleiro. Nessa temperatura, bater as asas e roer o comedouro aumentaram com o aumento do consumo de ração (P<0,01). Concluiu-se que o aumento da temperatura de 25 para 35°C alterou o comportamento das calopsitas, embora esses comportamentos não pudessem ser caracterizados como respostas ao estresse térmico(AU)

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