Situação epidemiológica da brucelose bovina no Estado do Mato Grosso do Sul
Chate, S. CDias, R. AAmaku, MFerreira, FMoraes, G. MCosta Neto, A. AMonteiro, L. A. R. CLôbo, J. RFigueiredo, V. C. FGonçalves, V. S. PFerreira Neto, J. S
Realizou-se um estudo para caracterizar a situação epidemiológica da brucelose bovina no Estado de Mato Grosso do Sul. Foram definidos três estratos (regiões): Pantanal-corte, Planalto-corte e Planalto-leite, este último subdividido em Bolsão, Campo Grande e Dourados. Em cada estrato foram amostradas aleatoriamente propriedades e, dentro dessas, foi escolhido, de forma aleatória, um número pré-estabelecido de animais, dos quais foi obtida uma amostra de sangue. No total, foram amostrados 14.849 animais, provenientes de 1.004 propriedades. Em cada propriedade amostrada foi aplicado um questionário epidemiológico para verificar suas características e também para detectar transtornos reprodutivos que poderiam estar associados à infecção brucélica. O teste utilizado foi o do antígeno acidificado tamponado. O rebanho foi considerado positivo se pelo menos um animal foi reagente à prova sorológica. Para o Estado, a prevalência de focos foi de 41,5 por cento [36,5-44,7 por cento]. As prevalências de focos e de animais infectados por estrato foram, respectivamente, de: 59,0 por cento [52,8-64,9 por cento] e 12,6 por cento [9,1-17,2 por cento] para o estrato Pantanal-corte, e 40,6 por cento [35,8-45,5 por cento] e 4,5 por cento [2,1-9,0 por cento] para Planalto-corte. No estrato Planalto-leite, a prevalência de focos foi de 33,1 por cento [28,4-38,1 por cento]. Os fatores de risco (odds ratios, OR) associados à condição de foco foram: ter ≥500 vacas (OR = 2,46 [1,81-3,34]), ocorrência de bezerros fracos (OR = 1,20 [0,87-1,65]) e uso da inseminação artificial (OR = 0,71 [0,50-1,01]).(AU)
Texto completo