Situação epidemiológica da brucelose bovina no Estado de Mato Grosso
Negreiros, R. LDias, R. AFerreira, FFerreira Neto, J. SGonçalves, V. S. PSilva, M. C. PFigueiredo, V. C. FLôbo, J. RFreitas, JAmaku, M
Caracterizou-se a brucelose bovina em Mato Grosso por meio de um estudo transversal realizado em 2003 para auxiliar na implementação do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose. No Estado, estratificado em quatro circuitos pecuários, foram amostrados 13.684 animais, provenientes de 1.152 rebanhos. O protocolo de testes utilizado foi o da triagem com o teste do antígeno acidificado tamponado e os soros reagentes foram testados pelo 2-mercaptoetanol (ME) e concomitantemente retestados pelo teste de Rosa Bengala para resultado conclusivo. As prevalências de focos e de animais infectados foram: 41,2 por cento [38,0-44,4 por cento] e 10,2 por cento [7,4-13,1 por cento], respectivamente. Nos circuitos produtivos, as prevalências de focos foram 36,9 por cento [29,2-45,2 por cento], 27,2 por cento [22,8-32,1 por cento], 40,4 por cento [38,8-46,2 por cento] e 50,3 por cento [44,5-56,1 por cento]; e as prevalências de animais 7,9 por cento [3,0-12,9 por cento], 4,1 por cento [2,8-5,4 por cento], 8,1 por cento [5,2-11,1 por cento] e 15,3 por cento [9,2-21,3 por cento], respectivamente, para os circuitos 1, 2, 3 e 4. Os fatores de risco (odds ratio, OR) associados à condição de foco no Estado foram: exploração de gado de corte (OR= 1,8 [1,2-2,5]), exploração mista (OR=1,8 [1,2-2,7]), número de fêmeas no rebanho de 11 a 50 (OR=4,8 [1,1-20,8]), número de fêmeas no rebanho acima de 51 (OR=6,8 [1,6-29,0]), ocorrência de aborto (OR=1,7 [1,3-2,2]). A brucelose está homogeneamente distribuída no Estado, o que permite uniformidade de medidas sanitárias. Adicionalmente, sugere-se a intensificação da vacinação de fêmeas para todo o Estado.(AU)
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