Situação epidemiológica da brucelose bovina no Estado de Goiás
Rocha, W. VGonçalves, V. S. PCoelho, C. G. N. F. LBrito, W. M. E. DDias, R. ADelphino, M. K. V. CFerreira, FAmaku, MFerreira Neto, J. SFigueiredo, V. C. FLôbo, J. RBrito, L. A. B
Realizou-se um estudo para caracterizar a situação epidemiológica da brucelose no Estado de Goiás. O Estado foi estratificado em três circuitos produtores. Em cada circuito foram amostradas aleatoriamente 300 propriedades e, dentro dessas, foi escolhido de forma aleatória um número pré-estabelecido de animais, dos quais foi obtida uma amostra de sangue. No total, foram amostrados 10.744 animais, provenientes de 900 propriedades. Em cada propriedade visitada aplicou-se um questionário epidemiológico para verificar o tipo de exploração e as práticas de criação e sanitárias que poderiam estar associadas ao risco de infecção pela doença. O protocolo de testes utilizado foi o da triagem com o teste do antígeno acidificado tamponado e a confirmação dos positivos com o teste do 2-mercaptoetanol. O rebanho foi considerado positivo quando pelo menos um animal foi reagente às duas provas sorológicas. No estrato 1, a prevalência foi de 7,7 por cento [4,7-10,7 por cento] para propriedades, e de 1,4 por cento [0,99-1,7 por cento] para animais. No estrato 2, foi de 19,5 por cento [15,0-24,0 por cento] para propriedades e de 2,6 por cento [2,0-3,1 por cento] para animais. No estrato 3, foi de 21,4 por cento [16,7-26,1] para propriedades e 4,3 por cento [3,7-5,0 por cento] para animais. A prevalência obtida para o Estado foi de 17,5 por cento [14,9-20,2 por cento] para propriedades e de 3,0 por cento [2,7-3,3 por cento] para animais. Os fatores de risco (odds ratio, OR) associados à condição de foco, segundo a análise multivariada, foram: compra de reprodutores a comerciantes de gado (OR = 2,06 [1,12-3,52]), ocorrência de abortos nos últimos 12 meses (OR = 5,83 [3,86-8,8]) e prática de vacinação contra brucelose (OR = 2,07 [1,38-3,09]). Tanto a ocorrência de aborto quanto a vacinação são, neste caso, consequência da presença de brucelose no rebanho.(AU)
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