Alterações morfológicas induzidas por butirato, propionato e lactato sobre a mucosa ruminal e a epiderme de bezerros: I Aspectos histológicos
Costa, S. FPereira, M. NMelo, L. QResende Júnior, J. CChaves, M. L
Dezessete bezerros foram utilizados para avaliar o efeito de ácidos graxos voláteis (AGV) sobre a morfologia ruminal, a epiderme do plano nasolabial, a epicera e o perioplum, e para validar a execução de biópsias tegumentares como indicadores de alterações da mucosa ruminal. Os animais receberam infusões intra-ruminal de butirato, propionato, lactato ou salina (controle) durante 37 dias. A insulina sorológica foi dosada no 22º dia experimental nos tempos de 0, 90, 180 e 360 minutos em relação à infusão diária da manhã. No 89º dia de vida, após o abate, foram coletados fragmentos ruminais e epidérmicos. Todos os AGV induziram aumento proporcionalmente maior no peso do ruminorretículo que no peso do omaso, sendo o butirato aparentemente mais estimulador da massa do estômago aglandular. Embora o butirato tenha sido mais estimulador da secreção de insulina, os AGV foram incapazes de induzir ganho nas dimensões papilares. Os AGV aumentaram a proliferação celular nos epitélios do rúmen e do perioplum traseiro, contrariamente ao efeito sobre o plano nasolabial e a epicera. Os efeitos dos AGV sobre a morfologia da mucosa ruminal e de outros tecidos queratinizados sugerem que danos morfológicos no rúmen e cascos podem ter causa comum. Biópsias tegumentares podem ter utilidade como indicadores de alterações morfológicas da mucosa ruminal.(AU)
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