Fatores de risco associados aos problemas dos leitões na fase de creche em rebanhos da região Sul do Brasil
Morés, N.Sobestansky, J.Barioni Junior, W.Madec, F.Dalla Costa, O.A.Paiva, D.P.Lima, G.M.M.Amaral, A.L.Perdomo, C.C.Coimbra, J.B.S.
Um experimento de pesquisa epidemiológica observacional foi realizado em 65 rebanhos da região Sul do Brasil, com o objetivo de identificar o conjunto de fatores de risco que melhor explicam a ocorrência de problemas com os leitões na fase de creche. Em cada rebanho acompanhou-se um lote de leitões durante as primeiras três semanas após o desmame, sendo avaliadas variáveis ligadas às instalações, à nutrição, ao manejo, ao ambiente e à saúde dos leitões. Na análise estatística dos dados foram utilizados métodos descritivos e multidimencionais. As variáveis objetivas usadas para descrever os problemas dos leitões na fase de creche foram: ganho de peso diário, coeficiente de variação do peso dos leitões aos 21 dias após o desmame, ocorrência de diarréia no lote, taxa de mortalidade e o uso de medicamentos curativos contra diarréia. Com essas variáveis elaborou-se uma variável sintética que discriminava as granjas em três categorias: boas, intermediárias e ruins. Dentre as variáveis explicativas, foram identificados 10 fatores de risco que melhor discriminaram os rebanhos estudados quanto a ocorrência de diarréia, mortalidade e desempenho dos leitões na fase de creche. Com isso, foi possível elaborar o perfil de granjas com alta tendência de apresentarem problemas com os leitões na fase de creche. Conclui-se que em muitos rebanhos da região Sul do Brasil existem vários fatores de risco que favorecem a ocorrência de problemas com os leitões na fase de creche, alguns deles sendo conseqüência da fase de maternidade.
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