Uso de microssatélites para identificação genética de búfalos brasileiros da raça Murrah
Vieira, Juliana NobreTeixeira, Cláudia SalvianoKuabara, Marcelo YukioOliveira, Denise Aparecida Andrade de
Atualmente, o tamanho do rebanho bubalino brasileiro (Bubalus bubalis) é de cerca de 3.000.000. Apesar deste fato, o controle genealógico ainda é um dos problemas em programas brasileiros de seleção e de melhoramento animal. O teste de DNA é importante para que se possa desenvolver um sistema que permita a certificação genealógica, bem como as inegáveis identificações individuais e de paternidade. O presente estudo teve como objetivo avaliar um painel de 14 marcadores microssatélites em búfalos brasileiros da raça Murrah (n=100), a fim de se estimar a variabilidade genética, probabilidade de exclusão de parentesco. Foram detectados 92 alelos em toda a amostragem, sendo que o número de alelos variou de um (locus D5S2) a 13 (locus CSSM47). Os valores do Contepudo de Informação Polimórfica variaram de 0,00 (locus D5S2) a 0.845 (locus BM1706). Os valores da Heterozigosidade variaram de 0,00 (locus D5S2) a 0.861 (locus BM1706). As probabilidades de exclusão de paternidade quando apenas um e ambos os pais foram analisados foram de 0,985424 (PE-1) e 0,999541 (PE-2), respectivamente. Foi observada probabilidade de exclusão de 0.999998 quando ambos os pais foram testados (PE-3) para o conjunto dos 14 microssatélites. Este painel já é utilizado na Itália para búfalos, da raça Mediterrâneo, uma das quatro raças criadas no Brasil. No entanto, é altamente recomendável que novos loci sejam analisados a fim de aumentar o painel de microssatélites para estudos genealógicos.
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