VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 64-69

Pteridium aquilinum NA ALIMENTAÇÃO HUMANA: UMA REVISÃO

Maria Vela Ulian, CarlaAngelita Sampaio Baptista, AnaFrançon Araújo Ventura, RodolfoSakate, Michiko

Pteridium aquilinum ou samambaia do campo, como é conhecida popularmente, está presente na maioria das propriedades rurais de criação extensiva e semi extensiva do mundo. Sua presença está relacionada com a intoxicação aguda denominada hematúria enzoótica, após ingestão de grandes quantidades em pouco tempo. Possui relação, também, com a presença de neoplasias de trato digestório superior quando ingerida constantemente por longos períodos. As alterações por cronicidade de ingestão estão ligadas ao princípio tóxico mais importante do Pteridium, o ptaquilosídeo, um agente cancerígeno distribuído por toda estrutura vegetal. Este atua de forma deletéria quando consumido, tanto in natura quanto seco. Seus brotos e rizomas contêm as maiores concentrações tóxicas sendo os mais procurados para compor pratos culinários, principalmente no Japão aonde é comum encontrar brotos em conserva. Estudos demonstraram que este metabólito é liberado no leite de vacas que pastam constantemente em terrenos com a presença da samambaia. Sabe-se que a liberação no leite se inicia após 38 horas do consumo da samambaia e cessa somente depois de dois dias sem a ingestão. Assim sendo, pode ser considerado um agente de importância para saúde pública humana e veterinária. A quantidade de planta ou leite ingerido é o ponto crucial para estabelecer o desenvolvimento neoplásico a curto ou longo prazo do trato

Texto completo