VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 317-322

Razão e contagem de linfócitos T CD4+ e linfócitos T CD8+ em gatos com gengivoestomatite crônica e infectados naturalmente pelo vírus da imunodeficiência felina: estudo preliminar

Haipek, KátiaDaniel, Alexandre Gonçalves TeixeiraFilgueira, Kilder DantasSellera, Fábio ParraGargano, Ronaldo GomesKfoury Júnior, José RobertoOliveira, Lilian de JesusCuha, Janaína MunueraReche-Júnior, Archivaldo

Este estudo teve como objetivo avaliar a contagem e a razão de linfócitos T CD4+ e CD8+ em uma colônia de gatos com gengivoestomatite crônica (CGS). Foram analisados quarenta gatos domésticos que habitavam a mesma colônia. Dez gatos com CGS foram positivos para o vírus da imunodeficiência (grupo IV), e dez com CGS foram negativos para o vírus da imunodeficiência (grupo III). Como controle, vinte gatos sem CGS foram usados: dez gatos foram positivos para o vírus da imunodeficiência (grupo II) e dez gatos foram negativos para o vírus da imunodeficiência (grupo I). Empregou-se a citometria de fluxo para contagem de linfócitos T CD4+ e CD8+. Nos gatos infectados pelo vírus da imunodeficiência, a presença de linfócitos CD4+ foi menor tanto para os animais com e sem CGS. Por outro lado, gatos não infectados e com CGS apresentaram maior quantidade de linfócitos CD4+ quando comparados a animais soronegativos sem CGS. A contagem de linfócito T CD8+ não mostrou diferença significativa entre gatos com CGS, infectados ou não com o vírus da imunodeficiência. A razão CD4+:CD8+ foi diferente apenas para o grupo III, que foi maior do que qualquer outro grupo. Não foi observada diferença para o número total de linfócitos e CD8+ entre os grupos. Em contraste, os níveis médios de CD4+ foram diferentes, com os gatos dos grupos III e IV apresentando níveis mais elevados do que os dos grupos I e II. A citometria de fluxo pode ser uma ferramenta útil para o diagnóstico e prognóstico de gatos com CGS infectados pelo vírus da imunodeficiência.

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