VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 227-231

Prevalência, características clínicas e epidemiológicas do hipertireoidismo felino em um hospital veterinário universitário no Brasil: um estudo retrospectivo

Taranti, LeilaHaipek, KátiaFurtado, Priscila ViauOliveira, Cláudio Alvarenga deFilgueira, Kilder DantasSellera, Fábio ParraGargano, Ronaldo GomesReche-Júnior, Archivaldo

O hipertireoidismo é a endocrinopatia mais frequente em gatos. O aumento do número de diagnósticos ao longo do tempo deve-se à maior familiaridade com a doença e ao desenvolvimento de ferramentas diagnósticas cada vez mais sensíveis. Este estudo teve como objetivo avaliar retrospectivamente a prevalência, características clínicas e fatores de risco do de hiperti-reoidismo em gatos atendidos em um dos maiores hospitais veterinários universitários do Brasil. Entre 2002 e 2007, 234 gatos foram admitidos no hospital veterinário universitário da Universidade de São Paulo, Brasil. A concentração sérica total de tiroxina (T4t) foi mensurada em todos os gatos. Também foram analisados os prontuários médicos dos gatos. Dos 234 gatos, 26 (11,1%) foram considerados hipertireoideos (T4t ≥3,8 µg/dL). Desses 26 gatos, apenas dois (7,7%) foram diagnosticados inicialmente com hipertireoidismo. A idade dos gatos variou de 6 a 27 anos (13,1 ± 4,5 anos). Doze pacientes (46,2%) eram do sexo feminino e 14 (53,8%) do sexo masculino. Oito (30,8%) eram siameses, enquanto os demais eram mestiços (69,2%). A ração seca foi o tipo de alimento mais consumido. Houve alta prevalência de gatos hipertireoideos com doença renal crônica (DRC) concomitante. Este estudo esclarece a importância do monitoramento rotineiro do hipertireoidismo felino e traz dados epidemiológicos e clínicos desta endocrinopatia em gatos de um dos maiores hospitais veterinários do País.(AU)

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