Citopatologia das neoplasias cutâneas e subcutâneas na espécie felina: estudo retrospectivo
Filgueira, Kilder DantasChalita, Maria Carolina CataiSellera, Fábio ParraReche-Júnior, Archivaldo
Estima-se que um quarto de todas as neoplasias felinas afetam o sistema tegumentar. O exame citológico é impor-tante para detecção de neoplasias em animais de companhia, sendo considerado um método simples e não invasivo. Até o momento, há informações limitadas sobre a prevalência das neoplasias cutâneas felinas, bem como o uso da citopatologia como ferramenta diagnóstica. Nesse sentido, o estudo teve como objetivo caracterizar neoplasias cutâneas e subcutâneas em 192 gatos do arquivo de uma clínica veterinária privada da cidade de São Paulo-SP, Brasil, especializada no atendimento de feli-nos. Dados referentes ao animal (raça, sexo e faixa etária) e características das neoplasias (comportamento biológico, categoria citomorfológica e sugestão citológica) foram obtidos em um período de cinco anos. Foi estimado um intervalo de confiança (IC) de 95% para verificar a diferença estatística entre as características do animal e da neoplasia. O teste do qui-quadrado foi realizado para verificar a associação entre o comportamento biológico da neoplasia e as variáveis dos animais, além de outras características neoplásicas. A maioria dos gatos era sem definição racial e com idade entre 11 e 15 anos. As neoplasias malignas foram predominantes. Foi observada associação estatística entre a categoria citomorfológica e o comportamento biológico da neoplasia (p<0,001). Neoplasias mesenquimais (24,5%) e epiteliais (25%) apresentaram a maior frequência entre os benignos e malignos, respectivamente. A sugestão citológica para neoplasia também foi estatisticamente associada ao comportamento biológico (p<0,001). O maior percentual de ocorrência de tumores benignos e malignos consistiu em lipomas (22,9%) e sar-comas (19,3%), respectivamente.(AU)
Texto completo