Ocorrência de leite instável não ácido (LINA) em propriedades leiteiras no norte do Tocantins
Soutelino, Maria Eduarda MarquesValle, Matheus DiasSantos, Helora Kerol Manso dosCarvalho, Nathália da SilvaChenard, Marina GalindoAguiar Júnior, Marcos AntônioCarvalho, Vivian de Assunção NogueiraSantos Júnior, Waldyr Xavier dosHelayel, Michel Abdalla
O diagnóstico do leite instável não ácido (LINA) no Brasil ainda é negligenciado devido à falta de informação dos produtores acerca do problema, principalmente na região norte do país. Este relato descreve a ocorrência de leite instável não ácido (LINA) em três propriedades de agricultura familiar localizadas no norte do Tocantins cuja alimentação dos animais era à base de Urochloa brizantha e sem suplementação mineral. Os animais passavam por restrição alimentar, com quantidade e qua-lidade prejudicadas em função do período de seca e de um manejo nutricional inadequado. Foi realizado teste do Alizarol 70%, California Mastitis Tests, Teste de Caneca Telada, CCS, teste da fervura, além de análises físico-químicas, microbiológicas e pes-quisa de substâncias indesejáveis em 14 animais que apresentaram alterações em seu leite. Também foram avaliados o tempo de lactação, a saúde do úbere e os níveis de glicose sérica dos animais, além da qualidade do solo e das forrageiras oferecidas. 42% dos animais foram diagnosticados com mastite, destes, 21% clínica e 21% subclínica. 78% dos animais obtiveram amostra com resul-tado positivo no teste do alizarol e no teste da fervura e acidez Dornic entre 14° e 18, caracterizando casos positivos para LINA. Apenas um animal apresentou CCS acima do preconizado pela legislação. Os animais apresentaram tetos íntegros e não altera-ção da glicemia. Foram sugeridas mudanças no manejo nutricional, e após 14 dias foram refeitos os testes do Alizarol com todos resultados negativos para LINA. Concluiu-se que os casos estudados têm como principal causa o manejo nutricional incorreto.(AU)
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