Condenações de carcaças suínas por canibalismo em frigorífico de abate na mesorregião norte Mato-grossense, Brasil
Souza, Leonardo Brizeno deManske, Guilherme AugustoDantas Filho, Jerônimo VieiraCavali, JucileneDias, Ademilson de AssisGasparotto, Paulo Henrique Gilio
Dentre os distúrbios decorrentes do estresse está o canibalismo, no confinamento de suínos se dá por sofrer dis-túrbios ambientais. Diante disso, o objetivo desse estudo foi analisar os índices de condenação de carcaças suínas por cani-balismo no período de janeiro a abril de 2020 em um frigorífico de abate localizado na Mesorregião Norte Mato-Grossense - Brasil. Os dados foram conduzidos à ANOVA e pelo Teste deTukey (α=0,05). Foi realizado também, o estudo de pro-porções como base estatística para calcular a porcentagem das destinações e da quantidade total de carcaças suínas conde-nadas. As médias das carcaças condenadas, liberadas e aproveitadas apresentam diferença estatística (p<0,05) entre os meses estudados. Sendo as médias mensais 112,25 carcaças condenadas, (64,25 liberação, 35 aproveitadas condicionalmente e 13 destinadas para a graxaria). No total de carcaças condenadas por canibalismo, constatou-se valores de 57,28% para libera-ção, 31,18% destinadas a aproveitamento condicional e 11,58% destinadas à graxaria, onde se observou maior incidência no mês de março. A incidência de canibalismo pode ser considerada baixa em relação a quantidade de animais abatidos em um período de quatro meses. Contudo, o impacto econômico deve ser levado em consideração, porque a perda por con-denação total e por aproveitamento condicional provocam prejuízos financeiros significativos. Além disso, os ambientes de produção desconfortáveis apresentam fatores intimamente relacionados ao canibalismo, sendo de difícil controle após o início do surto. Portanto, a incidência de canibalismo pode influenciar no rendimento final da carcaça de suínos abati-dos em fase de terminação.(AU)
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