VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 19-24

Aspectos imaginológicos e clínico-patológicos de panvasculite umbilical em bezerro: relato de caso

Souza e Silva, Amabile Arruda dePequeno, Walter Henrique CruzSiqueira, Raoane SilvaMalta, Karla CamposMilken, Vanessa Martins FayadAraújo, Suzana Aparecida Costa deLucena, Ricardo Barbosa deSimões, Sara Vilar Dantas

O diagnóstico das infecções umbilicais em neonatos pode ser obtido a partir do exame clínico, porém o compro-metimento intracavitário das estruturas e as complicações associadas podem ser subestimados, comprometendo o estabeleci-mento de condutas terapêuticas ou prognósticos adequados. Apresenta-se nesse trabalho os aspectos clínicos, imaginológicos e patológicos de uma infecção umbilical em bezerro. No exame físico do animal identificou-se apatia, baixo escore corporal, aumento de volume na região umbilical e articulações e, em palpação abdominal, estruturas firmes em topografia das artérias e veia umbilical. Na avaliação ultrassonográfica abdominal identificou-se estruturas focais múltiplas, hiperecogênicas no fígado e estrutura bem definida, com parede hipoecoica e lúmen hiperecoico, estendendo-se de lobo hepático até porção cranial do anel umbilical. Na radiografia das articulações foram vistas alterações osteolíticas, reação periosteal, esclerose e formação de osteófitos, além do aumento de volume e radiopacidade de tecido moles adjacentes com presença de áreas radiolucentes, indi-cando presença gasosa local. Os sinais clínicos e os achados imaginológicos demonstraram a ocorrência de panvasculite umbi-lical que desencadeou um quadro de poliartrite séptica e processos infecciosos em diversos órgãos. O estudo imaginológico permitiu identificar onfaloflebite, grave acometimento de parênquima hepático e artrites sépticas, sendo o caso avaliado como tendo um prognóstico desfavorável e o animal eutanasiado. O tratamento conservador com antibioticoterapia prolongada e/ou a retirada ou marsupialização dos remanescentes umbilicais infectados podem ser utilizados em casos de onfaloflebites ou onfaloarterites. No entanto, esse procedimento não foi adotado devido ao comprometimento hepático e aos achados radio-gráficos que demonstraram ocorrência de osteoartrite séptica.(AU)

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