Efeito das variáveis ecobiométricas em órgãos da cavidade celomática em jiboias
Andrade, Rafael SantosRahal, Sheila CaneveseSilva Filho, EdnaldoConceição, Maria Eduarda Andrade Bastos MoutinhoFeliciano, Marcus Antônio RossiTeixeira, Dárcio Ítalo AlvesMonteiro, Frederico Ozanan Barros
O emprego da ultrassonografia em modo-B em serpentes é um desafio, pois apresentam anatomia diferenciada em relação às aves e mamíferos. Assim, o presente estudo teve como objetivo descrever a topografia e características ultrassonográficas do fígado, vesícula biliar, baço e rins, além de realizar comparação de medidas e variáveis biométricas de serpentes. Cinquenta e sete jiboias (Boa constrictor) foram agrupadas de acordo com a massa corporal: Grupo A [30 animais (15 machos e 15 fêmeas) com massa corporal variando de 0,8 a 2,8 kg] e Grupo B [27 animais (12 machos e 15 fêmeas), massa corporal variando de 3 a 3,4 kg]. Antes dos exames de imagem, as cobras foram examinadas para avaliação de quaisquer lesões visíveis ou danos que pudessem comprometer a sua condição geral. Os exames de ultrassonografia foram realizados utilizando-se transdutores convexo (3,5 MHz), linear (7,5 MHz) e linear multi-frequencial (6-18 MHz). Os parâmetros ultrassonográficos foram realizados em modo B por meio de cortes sagitais e transversais. As medidas biométricas entre os grupos mostraram que houve variação significativa entre todos os parâmetros avaliados. O sexo não influenciou os parâmetros biométricos. No entanto, o comprimento e a massa corporal influenciaram alguns órgãos da cavidade celomática. A ultrassonografia é uma ferramenta de diagnóstico útil para a avaliação de jiboias. Além disso, os dados reportados neste estudo são importantes para dar base ao exame de ultrassom em outras espécies de serpentes.(AU)
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