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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Comportamento de alfa-tomatina e tomatidina contra vários gêneros de tripanossomatídeos de insetos e plantas e Trypanosoma cruzi

Evangelista, Adriane FeijóKavati, Erica AkemiJankevicius, Jose VitorMenolli, Rafael Andrade

Os glicoalcaloides são metabólitos secundários importantes produzidos pelas plantas e estão envolvidos em sua proteção contra agentes patogênicos. Um deles, α-tomatina, é encontrado em altas concentrações em frutos de tomate verde, enquanto que, nos frutos maduros, sua forma aglicona, tomatidina, não apresenta um efeito protetor, sendo comum encontrar parasitas de tomates como Phytomonas serpens nesses frutos maduros. Para investigar a sensibilidade dos tripanossomatídeos à ação da α-tomatina, utilizamos formas de cultura em fase logarítmica de 20 tripanossomatídeos de plantas e insetos e Trypanosoma cruzi. A dose letal 50% (DL50) foi determinada, misturando 107 células das formas de cultura com concentrações de 10-3 a 10-8 M de α-tomatina durante trinta minutos a temperatura ambiente. Testes realizados com a tomatidina como controle não mostraram toxicidade detectável contra os mesmos tripanossomatídeos. Os testes foram avaliados pela porcentagem (%) de sobrevivência das formas de cultura dos protozoários observados por microscopia óptica em câmara de Neubauer. Os resultados da determinação de DL50 mostraram que esta variou entre 10-4 a 10-6 M de α-tomatina. Pequenas diferenças foram observadas entre os valores de DL50 das amostras analisadas, e nenhuma delas mostrou evidência de resistência pela ação da tomatinidase, como demonstrado em alguns fungos patogênicos.

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