Bem-estar em peixes: o status da ciência por meio de análise cienciométrica
Ghisi, Nédia de CastilhosOliveira, Elton Celton de
Em 2014, o Brasil produziu 474,33 mil toneladas de peixes em cativeiro. Além disto, há um recente incentivo dos órgãos reguladores da ética e do bem-estar animal para que experimentos sejam feitos com vertebrados mais simples, tais como peixes. O objetivo do presente trabalho foi realizar uma análise cienciométrica da produção científica que trata do bem-estar de peixes e se preocupa com eles, em uma tentativa de encontrar tendências e lacunas nessa linha de pesquisa. Nossas análises mostraram uma crescente preocupação com o bem-estar em peixes, apesar de várias questões continuarem deficientes. A espécie mais utilizada nos estudos foi o salmão do Atlântico, e o país com mais publicações nessa temática foi a Noruega. Percebe-se que existem controvérsias entre cientistas quanto à capacidade de sofrimento desses animais, a senciência. Quanto ao abate ou à eutanásia, estudos mostraram que alguns métodos são mais aconselháveis que outros, pois efetivamente irão reduzir o sofrimento e melhorar a apresentação da carne. Para animais de experimentação, as substâncias mais recomendadas foram a benzocaína e o MS222. Assim, apesar da importância do tema, poucos estudos são definitivos, inexistindo ainda consenso sobre os métodos de melhoria do bem-estar em peixes e sobre como reduzir o sofrimento no momento do abate
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