DHEA e doença gordurosa hepática não-alcoólica: aumento na expressão gênica do peroxisome proliferation-activated receptor (PPAR) e ácido graxo sintase (FAS)
Almeida, Felipe NataliAndrade, Maynara LuccaMoreira, Gabriela VirginiaCamporez, João Paulo GabrielChimin, PatriciaCarvalho, Carla Roberta de Oliveira
A deidroepiandrosterona (DHEA) encontra-se associada a melhorias em quadros de obesidade, resistência à insulina e doenças cardiovasculares. Porém, observa-se um aumento na sua concentração em indivíduos portadores de infiltração lipídica hepática, mas sem saber precisar se o mesmo surge como causa ou consequência. Assim, objetivamos identificar alterações na expressão gênica hepática de marcadores relacionados ao metabolismo lipídico e glicídico e de estresse oxidativo. Para tanto, ratos machos com 12-14 meses de idade foram tratados com injeção subcutânea de DHEA (dose única 10 mg kg-1), e após 7 dias foram feitas análises da expressão gênica hepática por PCR em tempo real das seguintes proteínas: G6Pase, PEPCK, FAS, PPAR, enzima málica, ChREBP, LXR, catalase, GPx, iNOS, subunidades da NADPHoxidase e PCNA. Observamos uma tendência à redução da expressão gênica da G6Pase no grupo tratado (p = 0,08). Também identificamos um aumento na expressão gênica hepática do PPAR e FAS, dois indicadores de aumento da atividade das vias de lipogênese. Observamos um aumento na expressão gênica da iNOS, um conhecido agente indutor de resistência à insulina sistêmica e hepática. Em conclusão, nossos dados indicam que o tratamento com DHEA pode estar associado com o desenvolvimento de um quadro de infiltração lipídica hepática e resistência à insulina hepática.(AU)
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