Histopatologia e atividade catalase em peixes como biomarcadores da qualidade ambiental no distrito industrial, estuário Amazônico, Brasil
Viana, Andréa PontesFrédou, Flávia LucenaMontes, Caroline SilvaRocha, Rossineide Martins
Com o presente estudo foi avaliada a qualidade ambiental em um distrito industrial no rio Pará, estuário Amazônico, Brasil, baseado nas alterações histológicas e na determinação da atividade da catalase no fígado para duas espécies de peixes: Plagioscion squamossissimus e Lithodoras dorsalis. As mudanças histopatológicas foram avaliadas semiquantitativamente e qualitativamente. Os Valores Médios de Avaliação (MAV) e o índice de alteração histológica (IAH) das lesões nos órgãos foram calculados para cada zona com diferentes níveis de impacto: Zona 1 (distrito industrial, com risco alto de contaminação); Zona 2 (risco médio) e Zona 3 (risco mínimo). Na Zona 1 foi observada, para as duas espécies, forte atividade catalase positiva e algum tipo de alteração histopatológica. Não foram observados indivíduos saudáveis nas Zonas 1 e 2. Na zona 3, mais de 60% dos espécimes estudados apresentaram tecido hepático saudável. As principais alterações observadas no tecido hepático para as duas espécies foram: aumento dos centros melanocacrófagos, degeneração gordurosa, inflamação, congestão, hepatite e necrose focal. A espécie carnívora P. squamosissimus apresentou níveis mais elevados de alteração que o herbívoro L. dorsalis. Estes resultados mostram que as alterações da qualidade ambiental no entorno do distrito industrial está afetando a saúde destas espécies de peixes.(AU)
Texto completo