Atividade in vitro do ácido 2-piridinocarboxílico em tripanossoma do subgênero Schizotrypanum isolado do morcego Phyllostomus hastatus
Corrêa, Paulo Roberto CeridóreoPinto, Artur da SilveiraSilva, Grácia Divina de FátimaVieira Filho, Sidney AugustoDuarte, Lucienir PainsYamada-Ogatta, Sueli Fumie
O efeito do ácido 2-piridinocarboxílico (ácido picolínico) sobre um tripanossoma do subgênero Schizotrypanum isolado do morcego Phyllostomus hastatus foi determinado neste estudo. O ácido picolínico, na concentração de 50 µg mL-1, inibiu 99% do crescimento de epimastigotas após 12 dias de incubação. Além disso, houve um decréscimo de 50 e 100% na mobilidade dos tripomastigotas após 6 e 24h, respectivamente, em presença de ácido picolínico na concentração de 50 µg mL-1. A concentração citotóxica 50% para células HEp-2 foi de 275 µg mL-1 após quatro dias de incubação. Esses resultados indicam maior toxicidade contra os tripanossomas. O efeito inibitório do ácido picolínico sobre o crescimento de epimastigotas pode ser parcialmente revertido por ácido nicotínico e L-triptofano, sugerindo inibição competitiva. Adicionalmente, o efeito de dois fármacos com atividade anti-Trypanosoma (Schizotrypanum) cruzi foi avaliado sobre o crescimento do tripanossoma de morcego. Benzonidazol, na concentração de 50 µg mL-1, inibiu 90% do crescimento de epimastigotas após 12 dias de incubação. Nifurtimox, na mesma concentração, causou 96% de inibição do crescimento após quatro dias de incubação. Corroborando trabalhos anteriores, tripanossomas de morcegos são bons modelos para seleção inicial de novos compostos tripanocidas. Além disso, eles podem ser utilizados para estudar vários processos biológicos comuns aos tripanossomatídeos patogênicos ao homem.
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