Propriedades anticoagulantes de um polissacarídeo sulfatado bruto da alga marinha vermelha Halymenia floresia (Clemente) C Agardh
Amorim, Rodrigo César das NevesRodrigues, José Ariévilo GurgelHolanda, Márjory LimaMourão, Paulo Antônio de SouzaBenevides, Norma Maria Barros
O aumento da demanda por anticoagulantes para a terapia clínica tem motivado a busca por fontes alternativas de anticoagulantes mais seguros e os polissacarídeos sulfatados de algas marinhas têm ganhado atenção na biomedicina. Objetivou-se obter frações de polissacarídeos sulfatados brutos (denominadas Hf1; Hf2 e Hf3) da alga marinha vermelha Halymenia floresia e para avaliar as propriedades anticoagulantes de uma fração polissacarídica bruta solúvel anticoagulante (Hf2s). As três extrações diferenciais renderam 38,60%. Os polissacarídeos são principalmente compostos de galactose com pequenas quantidades de xilose e glucose. As propriedades anticoagulantes da Hf2s, contendo 53,80% de sulfato e 3% de proteínas, foram também comparadas com a heparina (193,00 UI mg-1) pelo ensaio do tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA) e tempo de trombina (TT), usando plasma humano normal. A Hf2s apresentou maior atividade anticoagulante (68,40 UI mg-1) que Hf1s a Hf3s, cujas atividades foram 37,60 e 36,60 UI mg-1, respectivamente. O composto foi menos ativo que a heparina, mas sugere-se que o mecanismo anticoagulante seja dependente do cofator II da heparina para inibição da atividade da trombina, exceto pelos cofatores VIII a IX. Portanto, o polissacarídeo de H. floresia interferiu na cascata de coagulação.
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