Toxicidade aguda de pirazossulfurom-etílico e permethrin em juvenis de camarão branco Litopenaeus vannamei
Mello, Giovanni Lemos deAmaral Júnior, HiltonGarcia, SilvanoVinatea, Luis
O objetivo deste trabalho foi determinar a CL50 (96h) dos agroquímicos Sirius® 250 SC, herbicida à base de pirazossulfurom-etílico, e Talcord®, inseticida à base de permethrin, em juvenis de Litopenaeus vannamei, bem como avaliar possíveis alterações fisiológicas por meio da contagem total de hemócitos (CTH) dos camarões. Juvenis de L. vannamei (5,0 ± 0,5 g) foram expostos às seguintes concentrações dos agroquímicos: Sirius® 250 SC, 0; 0,1; 1; 10; 100 e 1.000 µg L-1, e Talcord®, 0; 0,001; 0,01; 0,1; 1 e 10 µg L-1. A CL50 (96h) do inseticida Talcord® foi de 0,00933 µg L-1 ou 9,33 ng L-1. Não houve alterações significativas da CTH entre as médias dos grupos-controle e dos submetidos ao inseticida. Com base nas concentrações testadas do herbicida Sirius® 250 SC, não foi possível determinar a CL50 (96h), assim, este produto não foi considerado tóxico para os juvenis de L. vannamei. Porém, a CTH dos camarões expostos ao herbicida demonstrou diferenças significativas entre as médias do controle e dos tratamentos, o que evidenciou efeito subletal. Os resultados permitem concluir que o inseticida Talcord® é altamente letal para os juvenis de L. vannamei e o herbicida Sirius® 250 SC, apesar de não ter a mesma toxicidade, apresenta efeito subletal relacionado com a diminuição na CTH. Os resultados sugerem a existência de riscos em se cultivar L. vannamei nas proximidades de fazendas de arroz, em que defensivos agrícolas são usados rotineiramente.
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