Riqueza de espécies de emberizídeos e conflitos de conservação no Cerrado brasileiro - DOI: 10.4025/actascibiolsci.v30i1.1453
de Souza Barreto, Brunode Oliveira, GuilhermePlaza Pinto, MiriamMauricio Bini, LuizAlexandre Felizola Diniz Filho, JoséBlamires, Daniel
Diferentes variáveis têm sido utilizadas para indicar conflitos entre interesses socioeconômicos e conservação da biodiversidade. Neste contexto, esforços para amenizar a crescente perda de diversidade estão sendo baseados nas análises dos conflitos entre conservação e desenvolvimento humano, uma vez que existem, cada vez mais, evidências de que as áreas de maior importância para a conservação podem também apresentar elevadas densidades populacionais humanas. Contudo, para o Cerrado, isso pode não ser verdade em decorrência dos avanços tecnológicos associados à ocupação humana. Assim, o objetivo deste trabalho foi verificar se a densidade populacional humana (H) revela conflitos de conservação no Cerrado. Utilizou-se, como medida de biodiversidade, a riqueza de espécies de emberizídeos (aves: Passeriformes), divida em três grupos distintos, de acordo com a extensão de ocorrência das espécies e variáveis ligadas ao modo de ocupação do bioma. Verificou-se, por meio de regressões múltiplas, que a densidade humana não foi o melhor indicador de conflitos de conservação. Índices ligados à agricultura moderna e à pecuária foram melhores indicadores para os três grupos de espécies. Deste modo, a partir da riqueza de emberizídeos, a utilização de H, em modelos de seleção de unidades de conservação pode ser equivocada. Para o Cerrado, variáveis ligadas à agricultura moderna e à pecuária
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