Metabolismo da arginina em espécies uricotélicas
Fernandes, Jovanir Inês MüllerMurakami, Alice Eiko
Devido à falta de um completo ciclo da uréia, espécies uricotélicas como os frangos de corte são incapazes de sintetizar arginina (Arg) de novo, por isso dependem exclusivamente da Arg dietética. Níveis elevados de lisina (Lys) dietética aumentam a exigência de Arg devido à relação antagônica entre estes aminoácidos. O antagonismo entre Arg e Lys promove expressiva elevação da atividade da arginase renal e conseqüentemente induz à degradação da Arg e leva à diminuição da atividade da glicina amidinotransferase, enzima que utiliza Arg na síntese de creatina muscular. Arg é considerada importante modulador da imunidade e de processos fisiológicos. A degradação de Arg gera ornitina, precursor das poliaminas que têm papel-chave na divisão celular, síntese de DNA e regulação do ciclo celular. A Arg é utilizada na síntese de óxido nítrico (NO), um radical livre altamente reativo, permeável às células e membranas que participa de vários processos celulares, incluindo a neurotransmissão e a imunidade. A Arg é também considerada um potente secretagogo da insulina, hormônio do crescimento e IGF-I. Dietas exclusivamente vegetais podem ser limitantes no fornecimento adequado de Arg para a maximização produtiva e do sistema imune das atuais linhagens de frangos de corte.
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