Intoxicação espontânea por Senna occidentalis em bovino no estado do Paraná, Brasil
Orlandini, Carla FariaAlberton, Luiz RomuloBoscarato, André GiarolaSteiner, DenisMartins, Wiliam Del ConteMello, Paulo Victor BuckRibeiro, Rita de Cássia Lima
Cerca de 200 espécies de plantas do gênero Senna estão presentes no continente americano [9]. A maioria das intoxicações, em bovinos, são decorrentes da ingestão de S. occidentalis [3], também relatadas em suínos domésticos [11], javalis [17] e equinos [1]. A intoxicação ocorre pela ingestão da planta ou partes dela, sendo as sementes aparte mais tóxica [19]. As principais consequências são miopatia e cardiomiopatia degenerativas [16] acarretando significativa mortalidade em bovinos, principalmente na região sul do Brasil [2]. A ingestão pode ocorrer espontaneamente, através de pastejo, ou acidentalmente, pela contaminação de concentrado com partes da planta [16], intoxicando animais isoladamente ou em forma de surtos, forma mais comum, podendo acometer até 60% do rebanho [2]. Os principais sinais clínicos consistem em fraqueza e tremor muscular, dificuldade de locomoção, incoordenação, decúbito esternal permanente, mioglobinúria e morte, e as lesões encontradas são localizadas, principalmente, na musculatura esquelética onde, macroscopicamente, observa-se áreas pálidas e áreas normais intercaladas e, microscopicamente, miopatia tóxica degenerativa [1,19].Devido ao baixo número de relatos de intoxicação espontânea e à gravidade desta patologia, objetivou-se relatar os aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos observados em um caso isolado de intoxicação espontânea...(AU)
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