Intoxicação pelo herbicida glifosato em cão
Reginato Martins, LetíciaCopat, BrunaAntônio Heinen Schuster, LucasSantos do Amaral, Anne
Introdução: O glifosato (N-fosfonometil glicina) é um herbicida de amplo espectro que, apesar de considerado pouco tóxico, tem ação irritante e potencial corrosivo sobre pele e mucosas. Os adjuvantes tensoativos utilizados nas formulações podem agravar a toxicidade do glifosato. As manifestações clínicas são proporcionais à concentração, quantidade e tempo de exposição ao produto. Os sinais clínicos da ingestão de glifosato incluem ulcerações orais, esofágicas e gástricas, com disfagia, náusea/vômitos; hematêmese e melena são possíveis. Hepatite, pancreatite, hipotensão arterial e choque cardiogênico também são relatados, bem como infiltrado intersticial ou alveolar com taquipneia, dispneia, tosse e edema pulmonar não cardiogênico; insuficiência renal aguda pode ocorrer em intoxicações sérias. São raros os relatos sobre intoxicação por esse produto em animais, porém já foram notificadas mortes em humanos que o ingeriram. Cães e gatos podem ser mais vulneráveis à intoxicação por agrotóxicos por seus instintos de farejar e comer perto do chão, onde os pesticidas ficam acumulados.Caso: Foi atendido no HVU-UFSM um canino, fêmea, da raça fila brasileiro, nove anos. O animal apresentava-se muito apático, com grave taquipneia (>80mpm) e taquicardia, 6% de desidratação e salivação densa. Havia hiperemia e ulceração da cavidade oral, edema da língua e tecidos sublinguais. O proprietá
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