VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Fístula reto vaginal associada à atresia anal em cão: relato de caso

Machado, CamilaZim da Silva, TiagoPereira Marten Fernandes, Cicianede Oliveira Nobre, Márcia

Introdução: Apesar de apresentar-se rara em cães e gatos, a atresia anal é, dentre as anomalias ano-retais congênitas, a de maior incidência. Consiste em uma deformidade da abertura anal e reto terminal, o que resulta em fechamento da saída anal e/ou em via anormal das fezes por meio da vagina ou uretra. Essa anomalia é classificada em quatro tipos, sendo que no tipo IV o reto cranial termina como uma bolsa cega no interior do canal pélvico e há uma comunicação persistente entre o reto e a vagina (fístula reto vaginal). Como sinais clínicos observam-se tenesmo, obstipação, expulsão de conteúdo fecal aquoso pela vagina ou uretra associado à ausência do orifício anal e eritema perivulvar. Esses sinais tornam-se visíveis nos primeiros dias de vida do neonato, pois a retenção fecal e a distensão abdominal associadas à desconforto, levam a um quadro de anorexia e apatia. O diagnóstico baseia-se no exame clínico e radiográfi co e o tratamento consiste em intervenção cirúrgica. O prognóstico, contudo, é desfavorável e a mortalidade cirúrgica é elevada, devido à idade do paciente aliada à sua má condição física, as quais aumentam os riscos anestésicos e cirúrgicos. O objetivo deste trabalho foi relatar um caso de fístula reto vaginal associada à atresia anal.Caso: Um canino, fêmea, com quarenta dias de idade, sem raça definida, foi atendido no Hospital de Clínicas Veterinárias UFPel,

Texto completo