Validação do modelo de enterocolite necrotizante experimental em ratos e as armadilhas durante sua execução
Gonçalves, Frances Lilian LanhellasGallindo, Rodrigo MeloSoares, Lucas Manoel MangueiraFigueira, Rebeca LopesVolpe, Fábio Antônio PerecimPereira-da-Silva, Maurício AndréSbragia, Lourenço
OBJETIVO: Relatar as dificuldades da execução do protocolo de enterocolite necrosante (ECN) experimental a fim de obter um maior número de neonatos comprometidos com a doença e menor mortalidade. MÉTODOS: Neonatos de ratas Sprague-Dawley nascidos a termo (22 dias) foram divididos em 4 grupos de 12 fetos cada (n=48): EC - neonatos amamentados pela mãe; IH - neonatos amamentados pela mãe e submetidos a estresse por isquemia e hipotermia, ESB - neonatos alimentados por leite artificial (Esbilac®, PetAg, Hampshire, IL, USA) e NEC - neonatos alimentados com fórmula e submetidos a protocolo de estresse. Os parâmetros estabelecidos para o protocolo de estudo foram: concentração do leite (0,19 g/ml ou 0,34 g/ml), volume de dieta instilada (de acordo com ganho de peso - 200 kcal/dia/kg - ou progressivo, de acordo com aceitação), peso (ganho, perda ou manutenção) e duração do experimento (72 h ou 96 h). Dados de peso corporal (BW), peso intestinal (IW) e a relação IW/BW foram obtidos. Amostras de íleo terminal foram coletadas e analisadas pelo grau de lesão da parede intestinal. Os dados foram analisados estatisticamente com p <0,05. RESULTADOS: O protocolo estabelecido com menor mortalidade e maior número de ECN foi com Esbilac® na concentração de 0,19 g/ml, volume de dieta instilada de 0,1ml, a cada 3 horas, durante 72 horas. Todos os neonatos alimentados com leite artificial perderam peso. Na escala do grau de lesão, os grupos ESB, IH e NEC foram considerados positivos para NEC com maior lesão histológica no último. CONCLUSÃO: O protocolo de NEC experimental em ratos estabelecido possibilitou uma maior sobrevivência dos neonatos com o maior numero de animais acometidos pela doença.(AU)
Texto completo