Os receptores opioides desempenham papel na patogênese da resposta inflamatória na pancreatite aguda?
Penido, ArturCoelho, Ana Maria MendonçaMolan, Nilza TrindadeSilva, Fabiano Pinheiro daD'Albuquerque, Luiz Augusto CarneiroMachado, Marcel Cerqueira Cesar
OBJETIVO: Investigar o efeito do bloqueador opióide naltrexone na resposta inflamatória da pancreatite aguda. METODOS: Pancreatite aguda foi induzida em ratos machos Wistar, através de injeção retrógada de solução de taurocolato de sódio a 2,5% nos ductos pancreáticos. Os animais foram alocados em dois grupos: Grupo controle (n=9) animais receberam 0,5 ml de solução salina intra-peritonial 15 minutos antes da indução da pancreatite aguda e Grupo naltrexone (n=9) animais receberam naltrexone (15mg/kg de peso), em 0,5 ml de volume final por via intraperitoneal, 15 minutos antes da indução da pancreatite aguda. Foram avaliados o volume de ascite, os níveis séricos de amilase e IL-6, assim como TNF-α peritoneal e a atividade da mieloperoxidase (MPO) no tecido pulmonar. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças significantes nos parâmetros analisados entre o grupo que recebeu solução salina e o que recebeu naltrexone . CONCLUSÕES: Os receptores opióides não desempenham papel importante na resposta inflamatória sistêmica associada à pancreatite aguda. Se os opioides alteram a sinalização inflamatória nos leucócitos está ação não se reflete na patogênese da pancreatite aguda.(AU)
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