Efeito da N-acetilcisteína na lesão hepática por isquemia e reperfusão após 30% de hepatectomia em camundongos
Lee, Edwin Jin SuSilva, Sonia Maria daSimões, Manuel de JesusMontero, Edna Frasson de Souza
OBJETIVO: Investigar se a N-acetilcisteína promove proteção do remanescente hepático após ressecção associada à isquemia e reperfusão do fígado em camundongos. MÉTODOS: Foram utilizados 12 camundongos BALB/c, machos, pesando entre 20-22g. Os animais foram anestesiados com quetamina (70mg/kg) e xilazina (10mg/kg); receberam a N-acetilcisteína (150mg/kg, grupo H-IR-NAC) ou controle (grupo H-IR). Os procedimentos cirúrgicos ocorreram na magnificação de 10X. A lesão por isquemia e reperfusão (30 minutos de isquemia e 60 minutos de reperfusão) foi precedida pela hepatectomia de 30%. Foram utilizados como parâmetro de avaliação: a bioquímica sangüínea (AST e ALT) e a histologia do fígado (coloração de hematoxilina-eosina). Para avaliação estatística empregou-se o teste de Mann-Whitney e o nível de significância foi 5%. RESULTADOS: Na avaliação bioquímica houve redução no nível de ALT no grupo tratado (H-IR-NAC=376±127 U/l vs H-IR=636±39 U/l, p=0,023). AST foi similar (p=0,456). Na histologia, o grupo H-IR apresentou um tecido hepático com arquitetura preservada, com grandes áreas de infiltração gordurosa, presença de congestão vascular e de alguma atividade mitótica; o grupo com a N-acetilcisteína apresentou menor infiltração gordurosa e congestão vascular, maior atividade mitótica, evidenciada pela quantidade elevada de células binucleadas (H-IR-NAC=15,88±0,52 vs H-IR=7,4±0,37, p<0,001). CONCLUSÃO: A N-acetilcisteína promove proteção ao fígado, do ponto de vista morfológico e enzimático, após hepatectomia associada à isquemia e reperfusão.(AU)
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