Efeitos do extrato de angico (Anadenanthera colubrina var. cebil) em feridas cutâneas de ratos
Pessoa, Wagner SoaresEstevão, Lígia Reis de MouraSimões, Ricardo SantosBarros, Maria Edna Gomes deMendonça, Fábio de SouzaBaratella-Evêncio, LirianeEvêncio-Neto, Joaquim
OBJETIVO: Avaliar os efeitos do extrato de angico (Anadenanthera colubrina var. cebil) na cicatrização em pele de ratos. MÉTODOS: Ratos machos adultos (n=20) foram distribuídos em quatro grupos de cinco animais cada, a saber: G4, G7, G14 e G21, o que corresponde a quatro, sete, 14 e 21 dias de pós-operatório. Cada grupo recebeu duas incisões na pele compreendendo o tecido subcutâneo, nos antímeros direito e esquerdo da região torácica, separadas por uma distância de dois cm. A lesão esquerda com extrato alcoólico de angico (5%), iniciando-se logo após a cirurgia por 21 dias consecutivos. Ao final de cada período (4, 7, 14 e 21 de pós-operatório) experimental foram coletados fragmentos da área da ferida, fixada em formol a 10% e processadas para inclusão em parafina. Nos cortes histológicos com 5 µm de espessura, foram realizados métodos imunoistoquímicos para detecção dos vasos sanguíneos (VEGF) e coloração pela hematoxilina para análise morfológica. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística ANOVA complementada pelo teste de Tukey-Kramer (p<0,05). RESULTADOS: A análise morfológica mostrou fibroblastos mais volumosos e alta concentração de fibras colágenas no 7º e 14º dias nas feridas tratadas com extrato de angico. A análise morfométrica demonstrou aumento significativo no número de vasos sanguíneos no sétimo e 14º dias (p<0,01) de pós-operatório em feridas tratadas com extrato de angico. CONCLUSÃO: O extrato hidroalcoólico a 5% da casca e entrecasca do angico (Anadenanthera colubrina var. cebil) acelera a neoangiogênese em feridas cutâneas de ratos.(AU)
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