O uso da dosagem seriada do lactato sérico no perioperatório, do APACHE II e do MELD pós-operatório como preditores de mortalidade precoce após transplante hepático
Basile-Filho, AnibalNicolini, Edson AntonioAuxiliadora-Martins, MariaSilva Júnior, Orlando de Castro e
OBJETIVO: Avaliar qual parâmetro é o mais eficiente na predição de mortalidade precoce (um mês) de pacientes submetidos a transplante ortotópico de fígado (OLT). MÉTODOS: Estudo retrospectivo em cinqüenta e oito pacientes adultos (44 homens e 14 mulheres, com uma idade média de 51,7 ± 10,1 anos) admitidos na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital terciário. Os parâmetros como a dosagem seriada de lactato no sangue, APACHE II, MELD pós-OLT, creatinina, bilirrubina e INR foram analisados por curvas ROC (Receiver-operator characteristic), evidenciado pela área abaixo da curva (AUC). O nível de significância foi definido em 0,05. RESULTADOS: A mortalidade dos pacientes OLT em até um mês foi de 17,3%. As diferenças no nível de lactato no sangue tornaram-se estatisticamente significantes entre sobreviventes e não sobreviventes no final da cirurgia (p < 0,05). A AUC foi de 0,726 (95%CI = 0,593-0,835) para APACHE II (p = 0,02); 0,770 (95%CI = 0,596-0,849) para o lactato sérico (L7-L8) (p = 0,03); 0,814 (95%CI = 0,690-0,904) para MELD post-OLT (p < 0,01); 0,550 (95%CI = 0,414-0,651) de creatinina (p = 0,64); 0,705 (95%CI = 0,571-0,818) de bilirrubina (p = 0,05) e 0,774 (95%CI = 0,654-0,873) para INR (p = 0,02). CONCLUSÃO: Dentre os vários parâmetros estudados, o MELD pós-OLT foi o mais eficaz na predição de mortalidade precoce em pacientes submetidos à OLT.(AU)
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