A influência do azul de metileno na cicatrização de anastomoses intestinais submetidas à isquemia e reperfusão em ratos
Miranda, Eron FabioGreca, Fernando HintzNoronha, LuciaKotze, Luiz RobertoRubin, Michel Risnic
OBJETIVO: Investigar a influência do azul de metileno, na cicatrização de anastomoses intestinais de ratos submetidas a isquemia e à reperfusão. MÉTODOS: Quarenta e cinco ratos foram divididos em três grupos: controle (G1); isquemia sem azul de metileno (G2) e isquemia com azul de metileno (G3). Foi feita uma laparotomia e a artéria mesentérica cranial isolada. Enquanto a artéria mesentérica cranial foi ocluída por 45 minutos nos grupos G2 e G3, antes da anastomose, no grupo G1 a anastomose foi realizada sem esta lesão prévia. Em seguida 2 mL de azul de metileno 0,5 por cento foi instilado na cavidade peritoneal dos animais do grupo G3, 2 mL de solução salina isotônica na cavidade dos animais do grupo G2. Após a reperfusão uma enterectomia seguida de anastomose foi realizada. Os animais foram submetidos à eutanásia no 7.º dia após a operação, a cavidade abdominal foi examinada e um segmento intestinal que continha a anastomose foi ressecado. Este serviu para a medida de resistência e para exame anátomo-patológico. RESULTADOS: Líquido livre ou abscessos foram raros. A análise da inflamação mostrou que o grupo submetido à isquemia sem azul de metileno apresentou maior score para células mononucleares (p=0,021) e tecido de granulação (0,044). Não se observou diferença significante na análise do colágeno I e III. CONCLUSÃO: O azul de metileno não mostrou efeitos benéficos na cicatrização de anastomoses intestinais submetidas à isquemia e à reperfusão em ratos.(AU)
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